quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Companheiros

"Dá nos nervos" ver a situação do professor no estado do Rio. Na década de 80, os professores foram recebidos pela tropa de choque de Chagas Freitas com palavras de baixo calão, xingamentos e cassetetes nos mais exaltados. Só o Jornal do Brasil levou o fato com detalhes para seus leitores de porta de banca de jornal (primeira página). Nos anos que se seguiram, Brizola, Moreira Franco, Nilo Batista, 'Marcelão bom de copo', 'Molequinho', Benedita, 'Garotinha', e o atual (des)governador, fizeram muito pouco. Alguns menos do que prometiam, outros mais do que a grande mídia mostra. As associações que cercam as escolas, as máfias (sim, existem!), as farras (tinha quem comemorasse, no RJ, o 31/03/64, quer o quê?) foram podadas com excessiva parcimônia, um complexo misto entre sindicato passivo/sem força e laços com corrupção na ALERJ e escalões do governo. "Professor Uóston" é difícil de se associar à máfia da Alerj? "A escolha de Sofia" dos professores diariamente, ao levantar da cama para cuidar dos filhos de quem os ignora, é um karma não-invejável. Sejam crianças, sejam adolescentes, sejam adolescentes tardios (universitários). Os sindicatos dos professores estaduais tem que se reinventar na sua forma de atuação, comunicação, divulgação e ação. Os 'estudantes, os vagabundos e os baderneiros' já deram exemplo, existem meios. Na educação, corrijam-me se eu estiver equivocado, é o único lugar onde as mudanças podem ocorrer de baixo pra cima, sem sacrifícios, sem choques, sem covardias. Todos aprendem com todos. São aprendizes e mestres. Lado à lado. O verdadeiro companheirismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário